segunda-feira, 21 de março de 2011

Começou hoje dia 21 de março a fase de respostas aos questionários do Censos 2011

O Serviço Regional de Estatística dos Açores informa que arrancou hoje, a fase de respostas aos Censos 2011, concluída que está a distribuição da respectiva documentação pelos alojamentos em todo o território nacional.

A resposta pela internet está disponível pela primeira vez, pretendendo o Instituto Nacional de Estatística acompanhar, assim, a sociedade actual e as oportunidades resultantes das novas tecnologias da comunicação, e decorrerá até ao próximo dia 10 de Abril. A resposta em papel prolongar-se-á até 24 de Abril, iniciando-se o período de recolha dos questionários a 28 de Março.

O processo de respostas pela Internet é fácil, rápido e seguro, bastando, para iniciar o preenchimento, dispor de um computador com ligação à internet, aceder a www.censos2011.ine.pt e ter os códigos de acesso e o questionário de alojamento que foram entregues pelos recenseadores.

Quem não dispuser de computador com ligação à internet poderá entrar em contacto com a Junta de Freguesia da sua localidade para marcar uma data e hora para, então, responder, com ou sem apoio, aos questionários através da internet.

Na Região Autónoma dos Açores, a RIAC - Rede de Apoio ao Cidadão, através das suas lojas espalhadas por todas as ilhas, também, apoiará a população na resposta dos questionários dos Censos 2011 pela internet, ao mesmo tempo que garantirá, igualmente, o esclarecimento de dúvidas no preenchimento dos questionários através do seu centro de contacto telefónico (telefone: 800500501 - chamada gratuita, com horário de funcionamento de Segunda-feira a Sábado das 09:00 às 22:30 horas).

Junta das Velas vai apoiar Associação de Caçadores


O executivo da Junta de Freguesia das Velas em reunião de 15 de Março de 2011, analisou o pedido da Associação de Caçadores Jorgenses, solicitando apoio monetário para aquisição de cartuchos de caça.

O executivo considerou que a correcção da densidade do coelho bravo é fundamental para o funcionamento adequado das explorações agrícolas da Freguesia das Velas, e deve ser feita de modo organizado e sistemático, sendo fundamental a colaboração com todos os interessados.

Assim, o executivo deliberou conceder à Associação de Caçadores Jorgenses, o apoio financeiro necessário para a aquisição de 2.000 cartuchos de caça, destinados à correcção da densidade do coelho bravo no perímetro da Freguesia das Velas.

"Novas apresentações" na gastronomia de São Jorge


Decorreu este fim-de-semana o encerramento da formação em cozinha, no âmbito da feira "Sabores e Inovação - São Jorge Best Food Awards 2011.

Um evento que segundo o presidente do núcleo empresarial de São Jorge, foi mais um contributo ao próprio turismo, onde se renova a gastronomia da ilha com novas apresentações.

Uma ação que deixou satisfação nos participantes segundo referiu à RL Açores João Oliveira, que adiantou ainda o regresso desta formação em 2012.

De 02 a 17 de Abril decorrerá o concurso de gastronomia de São Jorge.

João Oliveira do núcleo empresarial de São Jorge disse esperar a participação da população.

Por outro lado, e já segundo o diretor da Escola de Formação Turística e Hoteleira de Ponta Delgada, esta primeira experiência foi gratificante.

Da parte dos formadores, Sandro Meireles, chefe de cozinha, disse à RL Açores estar igualmente satisfeito pelo resultado final.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Obra na baia de João Câncio não está esquecida garante Manuel Silveira

O presidente da autarquia das Velas disse ainda esta semana que já existe três diferentes projetos para a obra da Baia de João Câncio.

Em breve a autarquia espera receber o quarto projeto, para depois ser colocada à discussão pública os projetos para que depois se possa orientar o que naquela baia será feito.

Manuel Silveira diz que a obra não está esquecida.

Esta obra é uma obra que cada vez cria mais credibilidade na sua concretização, e pretende ser uma das grandes obras do actual mandato do presidente da autarquia Velense.

Isto numa altura em que a o presidente da Câmara Municipal das Velas já fez saber que para já os três funcionários que estão abrigo dos cortes nos seus vencimentos devido às restrições do OE para 2011, ainda não sabe se a edilidade vai ou não avançar com as ajudas compensatórias.

Manuel Silveira refere que os únicos funcionários que viram os seus vencimentos aumentados, foram os que recebiam menos que 600 euros, cerca de oito.

O presidente da edilidade refere que existem outros funcionários com mais dificuldades.

foto: @direitos reservados

domingo, 13 de março de 2011

Judocas da AJAA Sobem ao Pódio No Nacional de Cadetes


A Federação Portuguesa de Judo levou a efeito, este fim de semana, no Centro de Alto Rendimento – velódromo Sangalhos, o Campeonato Nacional de Cadetes.

Os judocas da Associação de Judo do Arquipélago dos Açores conquistaram 1 medalha de prata e 1 medalha de bronze.

O judoca Filipe Soares, do Judo Clube de São Jorge, subiu ao segundo lugar do pódio na categoria de -46Kg.

O outro judoca que subiu ao pódio foi Rafael Cordeiro do Clube Escolar de Desporto da Escola Básica 2, 3 dos Arrifes.

Dignos de destaque foram, também, os lugares de honra conquistados por Rafael Martins, Carolina Cordeiro e Catarina Sousa, todos do Judo Clube de Ponta Delgada, e Moisés Soares, do Judo Clube de São Jorge, fruto do 5º lugar nas categorias de -55Kg, -57Kg, -63Kg e -60Kg, respectivamente.

Quanto aos demais judocas oriundos de clubes da AJAA, em prova, não se classificaram.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Calheta de São Jorge “exige” transporte marítimo de passageiros


O PSD/Açores já exigiu informações ao governo regional sobre “a intenção de implementar, durante o corrente ano, a ligação marítima de transporte de passageiros entre a Calheta de São Jorge e as restantes ilhas”, considerando que “aquela localidade jorgense foi totalmente esquecida pela tutela em 2010”, disse o deputado Mark Marques.

Num requerimento enviado à Assembleia Legislativa, o social-democrata dá assim voz “aos intentos da população da vila da Calheta, que exige o regresso do transporte marítimo de passageiros, e que considera ter sido enganada pela tutela, conquanto foi uma bandeira do partido socialista a construção do novo porto, que criou muitas expectativas, também nos empresários e no sector do turismo de São Jorge”, recorda.

“Mais flagrante é essa injustiça quando existe uma gare marítima pronta a funcionar, mas que dado não ter havido, desde que foi edificada, barcos de transporte de passageiros na Calheta, nunca sequer abriu a porta. Isso resultou em muitos prejuízos, não só à vila da Calheta, mas a todo o concelho e a toda a ilha de São Jorge”, disse Mark Marques.

Considerando que, neste assunto, “o governo regional tem tratado uns como filhos e outros como enteados, e sabendo-se que os socialistas locais não tem peso político para inverter esta situação”, o PSD quer saber que medidas serão tomadas “para levar a cabo uma promessa de há vários anos, e que está plasmada no programa do governo socialista, que é a implementação da ligação marítima de passageiros Calheta/Angra /Calheta”, sustenta o parlamentar.

“O governo tem sempre tentado sacudir a água do capote, remetendo responsabilidades para a Transmaçor, quando a região também é proprietária daquela empresa, e quando compete à tutela garantir o serviço público de transportes marítimos, como tanto tem anunciado. Está na hora de se assumir como tal e de anunciar que horários e que ligações se vão fazer já em 2011”, conclui Mark Marques.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Ilha de S. Jorge promove concurso de gastronomia para recuperar receitas tradicionais


A recuperação de receitas tradicionais é o principal objetivo do concurso de gastronomia promovido pelo Núcleo Empresarial de S. Jorge (NESJ), que conta com a participação de cerca de duas dezenas de restaurantes desta ilha dos Açores.

“Os restaurantes de S. Jorge vendem o comum dos pratos que comemos em qualquer parte do mundo, esquecendo-se de promover a tradição desta ilha, que é o que os turistas procuram”, afirmou João Paulo Oliveira, responsável do NESJ, em declarações à Lusa.

O NESJ, que integra a Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo (CCAH), pretende com esta iniciativa incentivar os restaurantes locais a servirem receitas tradicionais, como “os inhames com linguiça ou com torresmos, a sopa de peixe ou, nas sobremesas, as célebres 'espécies'”.

As 'espécies', com a forma de uma ferradura, são cozidas no forno e a receita envolve o uso de pão ralado e canela embrulhadas em farinha, sendo uma das especiarias gastronómicas locais mais procuradas pelos turistas.

Este doce é produzido em casas particulares e pode ser encontrado no comércio local, assegurando João Paulo Oliveira que “ainda há quem tenha as receitas antigas, que não se podem perder”.

O responsável do NESJ frisou ainda que “a sopa de peixe em S. Jorge é diferente da que se serve no Pico", especificando que, em S. Jorge, "o caldo é servido em pão de milho e o peixe vem à parte”.

O concurso vai decorrer entre 2 e 17 de abril e integra a Feira de Gastronomia 'Sabores da Inovação – S. Jorge Best Food Awards 2011'.

A iniciativa está aberta à participação de particulares detentores de receitas tradicionais, algumas das quais esquecidas ou guardadas nas gavetas ou na memória, sendo premiada a criatividade, inovação, autenticidade regional, apresentação e sabor gastronómico.

Cada participante poderá enviar uma receita para o Núcleo Empresarial de S. Jorge nas categorias Entrada, Prato de Carne, Prato de Peixe e Sobremesa.

As receitas devem ser de autoria exclusiva dos participantes, ficando automaticamente desclassificadas aquelas já publicadas.

A 17 de março, um júri composto por profissionais da Escola de Formação Turística e Hoteleira fará a seleção das quatro receitas vencedoras.

Os vencedores recebem prémios patrocinados por empresas locais, além de ganharem a oportunidade de frequentar um curso de cozinha.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Autarquias de Velas e São Roque querem estreitar laços


Uma comitiva da autarquia das Velas reuniu recentemente com a autarquia de São Roque do Pico, e em cima da mesa esteve a questão dos transportes marítimos e na ideal ligação entre estas duas ilhas.

Manuel Silveira diz que a ligação ente Velas e Cais está deficitária, mas outras questões foram abordadas entre as duas autarquias.

Segundo o presidente da autarquia das Velas, as autarquias vão apresentar todos os argumentos para que esta ligação diária seja uma realidade, até porque em causa está o próprio desenvolvimento destas duas ilhas.

Neste encontro foi falada a necessidade de alavancar o intercâmbio cultural entre estes dois concelhos.

Segundo Manuel Silveira, há muito que se for feito em conjuntos poderá ser realizado com mais facilidade.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Freguesias unem esforços na luta ao coelho bravo em São Jorge


Em São Jorge algumas juntas de freguesia estão já a colaborar com os agricultores para mais uma batalha numa guerra ao coelho bravo, uma vez que esta situação está a causar inúmeros prejuízos nas explorações.

Para tal pretendem, em parceria com os caçadores de São Jorge, promover de forma eficiente e organizada, na sua área geográfica, a correcção de densidade ao coelho bravo. Este processo passa também por motivar os agricultores a dirigirem-se aos serviços para que solicitem as respectivas autorizações para a caça nocturna nas suas explorações.

Quanto maior for o numero de explorações envolvidas, maior será a área autorizada para a caça nocturna, e assim, maior será a eficiência da correcção.

É objectivo deste protocolo o apoio aos agricultores através da diminuição da densidade de coelho bravo na freguesia, através do exercício da caça intensiva nessa área, efectuada pelos sócios da Associação de Caçadores Jorgense. Para tal as juntas disponibilizarão cartuchos aos caçadores.

Em contrapartida, nesta proposta dos Presidentes de Junta de Norte Grande, Santo Amaro, Urzelina e Manadas e Velas a Associação de Caçadores compromete-se a promover jornadas de caça nas respectivas freguesias, bem como, o acompanhamento do resultado das actividades desenvolvidas. Medidas como esta já estavam a ser aplicadas na freguesia do Norte Pequeno.

domingo, 6 de março de 2011

I Fórum Promover e Manter a Qualidade de Vida do Idoso decorre de 18 de março a 20 de maio nas Velas


A partir de 18 de março até 20 de maio, decorrerá nas vila das velas o I Fórum Promover e manter a Qualidade de Vida do Idoso.

Será realizado todas as sextas feiras, sessões que decorrerão a partir das 18h30.

Para Bruna Sousa, terapeuta ocupassional da Casa de Repouso João Inácio de Sousa, esta era uma ação que se impunha por várias razões.

Por outro lado, a terapeuta espera uma boa adesão neste fórum.

Na organização deste fórum está igualmente a enfermeira Cátia Martins que ao José Machado referiu que este fórum era uma necessidade face ao aumento da esperança média de vida e do aumento da população idosa.

As inscrições para este I Fórum Promover e manter a qualidade de vida dos idosos, já se encontram abertas.

Recordo que este o I Fórum Promover e manter a Qualidade de Vida do Idoso, vai decorrer de 18 de março até 20 de maio, e será realizado todo as sexta feiras, sessões que decorrerão a partir das 18h30.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Canil Municipal longe duma solução

Teve lugar esta semana mais uma assembleia municipal das Velas, onde vários temas e preocupações foram levantadas.

As assembleias municipais têm sido mais longas do que o habitual, o que segundo o presidente da mesa diz ser demonstrativo das preocupações existentes no concelho.

Assembleias Municipais que tem levado igualmente a uma aproximação entre as várias bancadas, onde opiniões diferentes começam a chegar-se a vários consensos.

Por outro lado, houve vários temas em destaque nesta assembleia Municipal, onde deslocalização do atual parque de combustíveis tem sido o mais falado nos últimos tempos nas Velas.

Segundo Frederico Maciel, trata-se de outro exemplo em que após a discussão todos os partidos acabaram por votar a mesma proposta.

Por outro lado, nas assembleias municipais foi dada a possibilidade da participação dos velenses.
Em algumas assembleias tem vindo a participar algum público, mas mesmo assim, são poucos os que à Assembleia Municipal se dirigem para poder intervir no debate do concelho.

Mesmo assim Frederico Maciel mostra-se satisfeito com o aparecimento de algum público.

Por outro lado, o Grupo de Deputados do CDS-PP na Assembleia Municipal das Velas, apresentou e viu aprovada por unanimidade uma recomendação à Câmara socialista para que intervenha no sentido de minimizar os riscos para os cidadãos e os prejuízos para o sector agrícola provocados pelas dezenas de cães vadios e perigosos que fugiram do Canil Municipal.
Luís Silveira, Abel Moreira e Maria das Graças defendem concretamente que a Autarquia “diligencie esforços para a captura ou abate destes animais vadios e perigosos”.

Mas esta é uma questão que ao que parece está longe de uma resolução.
Segundo conseguimos apurar, os animais vão ser transferidos provisoriamente para a Quinta da Escola Profissional para um canil improvisado.

Um canil que vai ser construído com voluntários da associação animal, visto que a autarquia não tem funcionários disponíveis, pelo menos para já.

Um canil provisório que será construído com algum do material que havia sido adquirido de forma gratuita no ano transato num pedido de ajuda da associação animal de São Jorge.

Mas apenas só alguns materiais é que vão ser usados visto que muito outro do material acabou por desaparecer sem se saber do seu paradeiro.

Ora, é exatamente a associação amigo animal, associação de defesa dos animais de São Jorge que continua a sua luta para que os animais possam ser melhor tratados em São Jorge, em concreto os que se encontram no chamado canil municipal.

A associação animal esteve na assembleia municipal de dezembro, na busca de respostas, mas, não têm sido as desejadas.

Outra preocupação tem a ver com a alimentação que os animais recebem, que na opinião da associação é muito pouca, acusando de falta de sensibilidade dos responsáveis camarários.

Na altura, o presidente da autarquia Manuel Silveira assumia que as criticas seriam fundadas, e a autarquia iria ajudar nos possíveis. Respostas que a associação considera serem poucas, até porque tem sido sempre a mesma, promessas sem resolução.

Outra questão tem a ver com o regulamento do canil municipal que continua ser existir de forma legal, ou seja, existe um documento que necessita de adaptação, para ser levado a aprovação na Assembleia Municipal.

Trata-se dum regulamento datado de 2008 e que não passou de uma proposta de regulamento sem estar em vigor e que nunca chegou à Assembleia Municipal.
Ora neste âmbito, a assembleia municipal continua à espera da autarquia duma proposta neste sentido para que possa ser criado o regulamento do canil municipal.

Frederico Maciel diz que a assembleia continua à espera da autarquia.

A RL Açores sabe que a Associação Animal reúne ainda esta semana com o presidente da autarquia em busca de respostas, para tentar resolver esta questão do canil municipal.

terça-feira, 1 de março de 2011

Apresentação na BTL por Antonio Pedroso em 25 Fevereiro 2011


S. Jorge é um imenso dragão de lava eternamente fossilizado no atlântico, O Espaço perfeito para umas férias em contacto directo com a natureza.

Localizado no coração do arquipélago, com uma configuração geológica totalmente diferente de todas as outras ilhas.
Resultado de três diferentes fenómenos vulcânicos em épocas distintas que lhe conferiu particularidades, tais como, o único alinhamento de cones vulcânicos dos Açores, e uma diversidade imensa de fajãs.
Para quem desconhece o significado da palavra, fajã é uma torrente de lava que ao entrar em contacto com o mar, formou uma língua de terra a sombra da encosta. Mais do que as palavras, as imagens mostram as fajãs de S. Jorge.
Os jorgenses nunca se sentem sós, esta ilha é uma janela aberta para as ilhas vizinhas enquadrada em cenários magníficos das ilhas circundantes, Graciosa e Terceira, do lado norte.
Faial e Pico ao sul, estão ali a dois passos, servindo de pontos cardeais, acompanhando-nos no dia-a-dia, fazem parte das nossas vidas servem-nos de barómetro para o tempo, e servem também de travesseiro ao crepúsculo.
Sem dúvida que a ilha que mais nos impressiona é o Pico; majestoso acenando-nos com rude franqueza de seus mistérios e vinhas, tão perto e nítido, que conseguimos distinguir perfeitamente os vários tons de verde e negro escorrendo do alto ate ao mar, daquele gigante adormecido com seu piquinho de seio adolescente, maravilha de lava e altura…
Já Raul Brandão dizia que a beleza de uma ilha era o mar que se desvenda e o mais emocionante é ver aquela que lhe fica em frente. Tinha toda a razão este escritor, pois a beleza de São Jorge completa-se pelas ilhas que o rodeiam.
Alcantiladas escarpas mergulham a pique no mar, e a tranquilidade só é interrompida pelo murmúrio das ondas, e o canto dos pássaros.
Ao descer para as fajãs sente-se o pulsar do húmus da terra, o frémito da brisa e a espessura do silêncio.
O povo Jorgense, profundamente hospitaleiro e pachorrento na forma de estar e de acolher, virou-se desde muito cedo para o trabalho duro da terra criando acessibilidades lutando contra uma geografia difícil, partindo a sólida pedra basáltica para abrir caminhos, construir casas, levantar muros e cultivar a terra.
A natureza de ilha dragão correspondeu e ofereceu no seu dorso um imenso tapete de verde intenso, num “patchwork” infinito ponteado com o azul das hortenses.
Por ai passeiam alguns milhares de vacas que tal como os jorgenses, também são pachorrentas, e sem stress produzem excelente leite que é transformado no bem conhecido queijo de S. Jorge.
Mas o dragão foi generoso e jorrou das suas veias fontes abundantes de água cristalina que, associada aos micros climas geram condições excepcionais para o cultivo de tudo, desde as plantas tintureiras, cereais, laranjas, aos frutos tropicais, inhames, uvas e ate café.
A natureza é sem dúvida a atracção primordial para o desenvolvimento turístico da ilha de S. Jorge.
Dotado de uma flora excepcionalmente rica, em endémicas e exóticas, esta ilha oferece a quem a visita um jardim botânico imenso em variedades e em quantidades.
Alem de três parques florestais, zonas de lazer, dotados de infoestruturas capazes de proporcionar aos turistas e locais o conforto e repouso necessário, todos os diversos trilhos pedonais classificados são um manancial de informação botânica.
São Jorge possui, segundo a opinião dos turistas alguns dos mais interessantes trilhos dos Açores.
Aproveitamento de antigos acessos as fajãs, feitos de forma artesanal com empedrados carregadas de historia, que nas ultimas décadas foram substituídos por estradas, esses trilhos ficaram esquecidos e alguns dotados ao abandono, mas que pouco a pouco tem sido recuperados e classificados, e são espaços perfeitos para o turismo pedonal.
Este é um trabalho contínuo pois ainda há alguns trilhos a serem recuperados e devidamente sinalizados, enquanto todos os outros tem de ser mantidos.
A componente montanha mar, e os diferentes graus de dificuldade, oferecem uma diversidade de opções, o que permite uma mais longa permanecia do turista nesta ilha.
Alem da fauna e flora, também a geologia da ilha merece o interesse dos visitantes.
A principal indústria da ilha, é a produção de queijo. Em breve, quem nos visita poderá desfrutar da Rota do Queijo.
A pesca artesanal e a indústria conserveira do atum também faz parte da economia da ilha
S. Jorge tem uma considerável diversidade cultural nas suas festas populares.
A longa extensão da ilha, permitiu que em tempos passados, cada freguesia criasse e improvisasse nos seus festejos, sendo as típicas festas do espírito santo um exemplo actual dessa diversidade.
A quantidade de impérios, mordomias, mancebos e a festa dos tremoços são a prova viva de toda essa actividade cultural com séculos de existência.
Terra natal do grande compositor Francisco de Lacerda, S. Jorge possui 15 bandas filarmónicas, bem como grupos folclóricos e etnográficos fazem parte da animação turística bem como das festas populares durante todo o ano.
Touradas a corda, e mais recentemente touradas de praça também fazem parte da nossa cultura.
Festivais como Semana Cultural e festival de Julho também animam os grupos mais jovens.
S. Jorge não tem praias, mas em contrapartida tem piscinas naturais na lava negra e as águas límpidas do oceano tem excelentes condições para a prática de desportos náuticos, mergulho, pesca desportiva, snorkeling, ski aquático entre outros
A fajã da caldeira de Santo Cristo, é um dos melhores locais da Europa para a prática do Surf.
S. Jorge também participa anualmente nas regatas do Triangulo
Património construído, cultural e religioso, de onde constam inúmeras Igrejas, conventos, impérios e solares e aqui vale a pena mencionar a belíssima igreja de Santa Barbara património nacional, o Museu Francisco de Lacerda, e Museu de Arte Sacra, e a recentemente inaugurada Exposição da Baleia.
Não podemos esquecer os típicos moinhos e azenhas.
Visitar S. Jorge é viver a descoberta, de uma paisagem luxuriante por vezes envolta em bruma e mistério, que nos transportam ao mundo primitivo, com colchas coloridas tecidas em velhos teares de madeira que repetem mecanicamente padrões ancestrais.
Visitar S. Jorge é participar de festas e crenças religiosas, nas sopas do espírito santo, regadas a bom vinho, amêijoas, cracas lapas e outros pratos deliciosos, e onde o belo queijo de S. Jorge esta sempre presente em abundância, sem esquecer para sobremesa as exóticas espécies.
Visitar S. Jorge é embrenhar-se numa história com séculos de existência, com a época áurea da Laranja, com a catástrofe de um vulcão e terramotos, com o vai e vem de uma emigração, e compreender porque este povo insiste em viver nesta ilha, mesmo desafiando a natureza.
Visitar S. Jorge é um braçado de hortenses que dividem pastagens ate ao perder de vista, é surfar em ondas de azul-turquesa num mar de águas límpidas e cristalinas, é mergulhar nas profundezas do atlântico, junto a rocha negra, visitar grutas e nadar com golfinhos.
Visitar S. Jorge é um passeio sobre um tapete de musgo intocado, é descansar a sombra de um cedro endémico, comer uvas da serra, olhando as ilhas circundantes, beber um café na fajã dos vimes a beira dos cafezeiros, e uma aguardente de nêspera para amaciar a garganta.
Visitar S. Jorge é ouvir os cagarros em noite de lua cheia, ouvir cantar o San Macaio ao som da viola de arame, e ver o por do Sol entre o Pico e o Faial.
Visitar S. Jorge é encontrar-se com a natureza em pleno.

Abertura da Exposição “ Chapéus há Muitos”


Decorreu no dia 28 de Fevereiro, na Galeria Espaço +, a abertura da Exposição “ Chapéus há Muitos”.
A exposição agora inaugurada, é consequência do protocolo assinado entre o Museu de S. Jorge e a Câmara Municipal das Velas, para a colaboração nas actividades culturais de ambas as instituições. A Exposição, que já percorreu várias Ilhas, é constituída por uma original recolha de chapéus de senhora fabricados artesanalmente nos Açores.
Na cerimónia de abertura, A Directora do Museu de S. Jorge e o Presidente da Câmara Municipal das Velas, sublinharam nas suas intervenções, a importância da colaboração entre as duas instituições no âmbito das actividades culturais, salientando ainda a qualidade da exposição agora patente na Galeria Espaço +.

Esta Exposição estará patente ao público de segunda a sexta-feira das 09.00 às 17.00 horas até ao dia 31 de Março.